quinta-feira, 12 de novembro de 2009

RIVERENSE.UY GANHA O PACOTE TOWER CRUISE 4 NA ETAPA MIX DO DIA 09!



40 players engataram no SUPER MIX vencido por RIVERENSE.UY


Na segunda feira, 09/11, aconteceu mais um Qualifier valendo Pacote Ouro para o Tower Cruise 4 com a estrutura MIX, buy in de $25+2 , 2.000 fichas, rebuys ilimitados nos primeiros 90 minutos de Torneio a $15 com 2.000 fichas e add-on no primeiro break, de $50 com 6.000 fichas adicionadas.

Participaram 40 jogadores e com a possibilidade de
rebuys ilimitados fez com que o jogo agressivo imperasse nesses primeiros 90 minutos.

Mais uma vantagem no game era pra quem eliminasse os jogadores kubitza, bicheiro_br ou danheller que como bounty ganhariam o buy in do torneio do dia seguinte.

Jogo agressivo é resultado de muitos rebuys e mãos recheadas de bad beats como as a seguir:




Muita ação e AA faturando...




Jogadas notáveis também aconteceram, como as seguintes:







Logo no início do torneio, muita troca de ficha aconteceu e o jogador discover1 despontava como chip leader...


Com o final do período de rebuys e compra do add-on, estavam na disputa ainda 23 jogadores e o chip leader ainda discover1 com mais de 46K em fichas...


Bicheiro_br mais uma vez protagonizou mãos incriveis...




O "bolha" para a mesa final foi bluechip na seguinte jogada:


Estava formada a mesa final com os jogadores: Bluff171, kubitza, laopi14, josabr, ROBS_DGS, black_AA, riverense.uy, bicheiro_br, NORDESTE1 e WINNIE40.

Destaque para a mão de eliminação de ROBS_DGS...


Em seguida cairam NORDESTE1...



E logo após kubitza
dando o buy in free para laopi14...


Riverense.uy que estava short, dobra nessa mão contra o chip leader laopi...


As eliminações foram acontecendo...josabr em 6º...


Bluff171 em 5º para riverense.uy que começava a crescer...


Eliminando também o 4º colocado, Black_aa...


Winnie40 que até então assistia tudo quase que de camarote, entra em ação e em duas mãos elimina o jogador que havia dominado boa parte desta mesa final, laopi14...


E um fato interessante aconteceu ao chegarmos ao heads up entre os jogadores winnie40 e riverense.uy.

Fato que só acontece aqui em Tower.

Ao cair a conexão de winnie40 no heads up, seu oponente, riverense.uy mostrando todo espírito da família Tower, se propõe a esperar que a conexão do outro jogador se reestabeleça e assim possam continuar o jogo.

Ao retornar, winnie40 se propõe ceder a premiação a riverense.uy por sua postura em esperá-lo voltar, o que foi prontamente negado e continuaram o jogo.

No final, a vitória mais que merecida de riverense.uy que leva o Pacote e toda a admiração da familia Tower.

Eis a mão final...



ENTREVISTA COM RIVERENSE.UY
UM JOGADOR ACIMA DE FRONTEIRAS!

RIVERENSE em ação na nossa viagem de 2008 a Cap Cana!


Vamos conhecer um pouco mais sobre RIVERENSE.UY, que nasceu na fronteira do Uruguai com o Brasil, filho de pai uruguaio e mãe brasileira e que mora no Chile...


BT: Miguel, primeiro de tudo vamos esclarecer essa coisa da tua nacionalidade rsrsrs. Você é um uruguaio que mora no Chile e torce para o River Plate da Argentina, é isso? rsrsrs E o que você faz em termos de atividade de trabalho?

MC: Na verdade é ainda um pouco mais complicado do que isso, e acho que é uma história bem interessante.

Nasci no Uruguai, a uns 300 metros da linha divisória com o Brasil, na cidade de Rivera (daí o nick riverense.uy, não tendo a ver com o time de futebol; sou torcedor do glorioso Peñarol). Aliás, a Fronteira da Paz, como são conhecidas as cidades irmãs de Rivera e Santana do Livramento-RS, é um exemplo único no mundo, onde a linha divisória que eu falei mais acima, é apenas uma linha imaginária que só quem nasceu lá sabe com certeza onde fica, e tem uma Praça Internacional que também é um caso único no mundo (e foi inaugurada em plena 2a. Guerra Mundial, no ano de 1943).

A única rivalidade que há entre os dois povos é o futebol.

A Praça Internacional que é divisa entre Santana do Livramento no Brasil e Rivera no Uruguai


Voltando sobre o tema nacionalidades, meu pai nasceu do lado brasileiro, no campo dos meus avôs, e o caminho que passava em frente era parte da divisa entre os dois paises! Ele era "doble chapa", que no portuñol da fronteira, quer dizer que ele tinha as duas nacionalidades (que eu só não tenho porque preciso morar pelo menos seis meses no Brasil), e era filho de um uruguaio/argentino com uma brasileira. Na família da minha mãe a história é parecida.

Sou Engenheiro em Computação. Um dia, a seis anos atrás, eu estava tranquilo em Montevidéu, na filial uruguaia da multinacional índia para a qual trabalho, e o meu chefe falou (imagine um sotaque como o do personagem Apu, dos Simpsons): "today or tomorrow you have to go to Chile, for two months". No dia seguinte, estava voando para o Chile. Aqui achei muito mais do que só trabalho, e esses dois meses, se transformaram em anos, e aqui fiquei.


BT: Você já é um quase "veterano" no site, jogava anteriormente com outro nick. Conte sobre sua história em TOWER. Como conheceu, quando começou, já conhecia o jogo...

MC: Eu conheci o Texas Hold'em no ano 2005, na TV, e foi amor à primeira vista. Imediatamente comecei a jogar online, com play-money. Jogava quase todas as noites até altas horas. Depois de uns meses, não lembro bem por que, parei.

Em 2006, descobri que existiam torneios freeroll! "Torneios onde sem investir um tostão você pode ganhar dinheiro! Como não descobri isto antes!" E foi assim como comecei a jogar por dinheiro com o que ganhava em freerolls.

Depois, uma noite, em 2007, vi na TV uns latino-americanos jogando em Punta Cana, e que tinham se classificado através de um site latino-americano que eu não conhecia. De novo: "Como não descobri isto antes! Eu acho que eu poderia estar lá!". E ai foi que entrei no site antigo do TOWER, acho que em julho de 2007, se não me engano com o nick harrypoker, mas ainda jogando só freerolls, classificatórios para Punta Cana, daqueles shoot-outs. Eu quase sempre vencia a primeira mesa.

Depois veio a parceria com o 888. Entrei como o nick 16jul50 (lembra da rivalidade fronteiriça?, mas aparecia com a bandeirinha chilena; era confuso). Com as promoções daquele primeiro mês consegui um bankroll razoável, como para entrar nos torneios classificatórios pagos. Foi assim que uma vez cheguei a uma mesa final para Punta Cana, mas fui eliminado pelo Nordeste, quem eu já conhecia pela TV. Depois o bankroll acabou.

Vieram os qualifiers para o Tower Cruise II, e confiante, fiz o meu primeiro depósito num site de poquer. Três dias depois, tinha o pacote para o cruzeiro: um sonho.


BT: Você tem o hábito de participar de Torneios Live? Qual a diferença que sente jogando live e jogando pela internet?

MC: Eu acho que não dá pra dizer que eu tenho o hábito de participar de torneios live (ainda), pois posso contá-los com os dedos das mãos. Sempre trato de classificar online para torneios live com prêmios gordos e em lugares paradisiacos, porque mesmo se você perder, de qualquer jeito a viagem já é uma vitória.

Nunca chequei ITM num torneio live, e isso é preocupante. Já no online tive algumas vitórias excelentes, incluso um segundo lugar num torneio com field super-massivo.

Uma diferença com a qual ainda não consigo me acostumar (porém existem muitas outras) é a manipulação das fichas. Já cometi erros fatais no live por causa disso; no computador é muito mais fácil, ele faz as contas e põe as fichas na mesa por você.


BT: Seu estilo de jogo poderia ser classificado como o que? Você dá muitos raises, paga mãos complicadas, enfim é um jogador muito longe do perfil de um tight. Seria um looser agressive?

MC: Isso depende muito de vários fatores: a estrutura do torneio, a fase na que ele está, dos adversários, do tamanho do meu stack, o tamanho dos outros stacks, o valor dos blinds... Mas geralmente varia entre tight agressive e loose agressive (poucas vezes passive).


BT: Em TOWER, quais são os jogadores que mais lhe incomodam quando você tem que enfrentá-los? Cite pelo menos 3 e o por que de cada um.

MC: A ordem é aleatória:

* Fumooo: é um jogador muito experiente e astuto, e se aparecer uma Q no flop, é insta-fold, porque as mulheres nunca o abandonaram (rsrsrsrs). No live, é f... ter que escutar seu grito no seu ouvido quando você cai do torneio (rsrsrsrs)

* Cheroki1: às vezes ele é muito imprevisível e fica difícil pôr ele num rango de mãos.

* 444Wolf: tem um estilo híper-agressivo, e quase sempre que você cria coragem de enfrenta-lo, você descobre que dessa vez ele tem um monstro.

* Bluff171: se você roubar o seu blind, ou se você der um call meio duvidoso, com certeza você vai ser xingado (rsrsrsrs).

* Depois tem outros que não suportam bad beats ou pseudo bad beats e ficam meia hora choramingando no chat. Com o estilo de jogo que eu pratico às vezes, as bad beats são mais prováveis.


BT: No Qualifier em que você ganhou o Pacote para o TOWER CRUISE 4 você deu alguns calls bem sinistros rsrsrs colocando em risco inclusive seu Torneio. Você acha que numa mesa final vale tudo? Vale pagar all in com 92? rsrs

A mão que ele paga com 92...


MC: Muito pelo contrário. Eu acho que você tem que ser mais cauteloso, o que não significa necessáriamente jogar tight, e sempre procurar oportunidades, tratando de entender o quê o(s) seu(s) adversário(s) esta(o) pensando.

Deixe-me explicar essa mão em particular do 29 foi no heads-up contra o amigo Winnie.

Eu tinha 258k e ele 111k (blinds 4k/8k).

Acho que foi a única mão do heads-up na qual eu comecei fazendo raise desde o botão com cartas tão fracas, em aparência. Por que "em aparência" fracas? Com essas cartas você tem uns 36% de chances de vencer e uns 5% de empatar (se chegar) ao showdown. Muito mais do que muita gente imagina.

Eu fiz um raise padrão até 24k (quase um quarto do stack do Winnie, depois que ele colocou o bb).

Suponhamos que o Winnie folde, e isso acontece 50% das vezes (nesse ponto do hu eu achei que a percentagem era até maior).

Então em 50% das vezes eu estaria ganhando 12k (blinds)

E nos 50% restantes, eu só perderia em 59% das vezes.

O Winnie deu call.

Flop: 5 2 4 (duas copas); o qual me pareceu meio inofensivo, imaginei que o Winnie tivesse duas cartas mais altas que esse flop. Ele também poderia ter um par na mão, mas achei que nesse caso (que não é o mais provável), ele teria feito um reraise pré-flop. Eliminando os pares, os piores casos são A3 A2 A4 A5, mas essas não são muitas mãos.

Minhas opções eram check ou bet.

Eu tinha um par, e isso muitas vezes é suficiente num heads-up, mesmo se for o par mais baixo. Neste caso eu tinha 45% pós-flop, contra cartas aleatórias (no momento eu pensei que era um pouco mais favorável).

Se eu fizesse check e ele apostasse, eu não saberia onde eu estou parado. E se ele também fizesse check eu estaria dando uma carta grátis num flop que tem possibilidade de flush e seqüência.

Eu apostei 24k novamente, somando fold equity a aqueles 45%, deixando o Winnie pot commited, em caso de pagar.

Mas ele fez um raise a 48k deixando só 39k pra trás, e o pote foi para 120k.

Esse raise me fez pensar (depois de quase estourar o tempo) que as suas cartas não eram muito boas, e como ele já estava pot commited, decidi fazer all in. Se vencer, venço o torneio ai mesmo; se perder, ainda fico com fichas suficientes.

O Winnie tinha 7 e 8 de copas, ou seja,pedida de flush e inside straight draw; melhor do que eu imaginei, mas mesmo assim era 38/62%.

Caiu um 7 no river e eu perdi essa mão.

É óbvio que eu não fiz todos esses cálculos em 20 segundos, e que muitos pontos são discutíveis, mas essa foi a minha linha de raciocínio, de forma intuitiva e inconsciente, com certos erros, pelo fato de ter que decidir em tão pouco tempo (aliás, essa é outra diferença entre o online e o live). Em outra situação similar eu poderia ter seguido uma linha de raciocínio bem diferente, com outra seqüência de decisões por argumentos contrários aos presentados aqui.


BT: Você já participou de alguns Eventos Live de TOWER. Fale sobre sua participação e do que achou de cada um deles.

MC: O primeiro de todos foi o Tower Cruise 2, um torneio e um ambiente sensacional. Estava muito nervoso por não ter nenhuma experiência prévia em torneios ao vivo, e não fiz rebuys nem add-on, mas logrei passar para o segundo dia, com a média de fichas.

Depois veio Punta Cana 2008, em Cap Cana, outra semana maravilhosa. O torneio foi muito bom. Joguei na mesa da TV. Estava indo muito bem, com um dos maiores stacks da mesa, quando no final da noite, decidi ir ao tudo ou nada num coin-flip com o Fumoooo... se vencesse poderia jogar muito tranquilo o resto de torneio, mas os deuses do poquer quiseram que o flop trouxesse uma dama, para que o AQ dele batesse o meu JJ.


Em Punta Cana na boa vida em 2009!


E o último evento do Tower no que participei foi Punta Cana 2009. Foram umas belas férias. Eu tinha muitas esperanças no torneio 50K, que apresentava um formato ao que eu estava acostumado a jogar pela Internet. Mas, em mais de duas horas não recebi sequer um par de 2, e não deu pra sobreviver numa mesa que foi muito difícil (acho que foi a última em ficar com menos de 6 jogadores).

No 100K, meu torneio foi muito curto, não quiz fazer rebuy, optando por fazer só add-on se chegasse até ele, mas caí antes disso.


BT: Para encerrar Miguel, nós do BLOG queriamos parabenizá-lo pela conquista deste Pacote e deixamos o espaço para que o você possa fazer suas considerações finais.

MC: Muito obrigado, e eu também quero parabenizar o Tower, pela sua proposta de juntar poquer com lazer, unindo famílias e criando uma grande Fronteira da Paz que serve para unir, ao invés de fronteiras que separam.


Por FORRER e TTFLUSH


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